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Inspiração: La China

"GIGANTES DEL FLAMENCO" Dirección : ADRIAN GALIA.

Inaugurando e editoria inspiração, contaremos a história de La China, como é conhecida a bailaora Olga Marcioni, uma pessoa que tem a sorte de testemunhar sua própria lenda ainda em vida. Com La China que nossa maestra Deborah Nefussi estudou em 1992 e desde então tornou-se sua inspiração de quem Deborah segue os ensinamentos até os dias atuais.
La China nasceu em Buenos Aires e iniciou seus estudos de dança aos 3 anos de idade, com ballet clássico, ballet espanhol e danças regionais, complementados com estudos de teoria da música e vocalização.
Aos 12 anos de idade conquistou seu diploma no Conservatório de Buenos Aires e, entre a sapatilha de ponta e os sapatos de Flamenco, seu lado cigano falou mais alto e aos 13 anos começou a lecionar Flamenco. Com sua precoce vida profissional, La China foi co-criadora, juntamente com outros profissionais, de escolas de Flamenco na Espanha, Japão, Venezuela, entre outros países nas décadas de 50, 60 e 70. Aos 16 anos de idade já viajava por todo o mundo com sua arte, tendo como companheiras suas alegrias e suas tristezas, que tanto inspiraram seus bailes.

APARECIO LA LUNA …
La China Flamenco : Théâtre du Musée Grévin PARIS 1993.
Foto : Didier Pallagès

La China acredita que “metade de nossa vida é marcada pelo destino e a outra metade é composta por nossa força de vontade” sendo o Flamenco uma expressão artística que rompe o silêncio do coração e desnuda a alma. Quando ensinado desta forma, o trabalho do mestre é reconhecido através da expressão corporal e da energia de seus discípulos.

Diversos foram os artistas que dividiram os palcos com La China, entre eles, Camarón de la Isla, Manolete, Manolito Soler e Esteban de Sanlucar e, durante a época da chamada “Era Dourada do Flamenco”, a sociedade e os críticos se renderam ao talento da bailaora. A bailaora trabalhou ainda em renomados tablaos da Espanha, como “Los Gallos” em Sevilla e “Los Canasteros” em Madrid.

Arquivo de família

Sobre o sentimento flamenco, La China acredita que não há, no estilo, nenhuma expressão dramática estudada como em outros estilos de danças, pois o bailaor flamenco tem uma vida comum durante o dia e esta experiência cotidiana toma forma no momento do baile, sendo transmitida ao público de forma intensa e autêntica. Por esta razão, o estado de espírito do bailaor na interpretação do baile é tão relevante, pois dá realidade à sua interpretação.

Para seus alunos, La China ensina que não existe uma poção mágica para uma auto-realização no Flamenco, o que somente pode ser alcançado com muito trabalho, esforço, consciência, comprometimento e muita dança.

A maestra veio diversas vezes ao Brasil. Seu primeiro curso aqui foi em 1994 no Raies Dança Teatro, tornando-se muito importante no desenvolvimento do Flamenco no Brasil, inclusive em outras cidades além de São Paulo, como Rio de Janeiro e Porto Alegre. Participou da primeira edição da Feira Flamenca em 2009, retornando para a segunda edição em 2010.

La China é um ícone do Flamenco, do qual temos a oportunidade de aprender com seus infinitos ensinamentos e desfrutar de sua linda “flamencura”!

 

Fonte: site anildanza.com